“Senhor,
quando se apresentavam palavras tuas,
eu as devorava:
tuas palavras eram para mim contentamento
e a alegria de meu coração.
Pois, teu Nome era invocado sobre mim,
Yahweh, Deus dos Exércitos.”1
Tinha os olhos velados e não Vos enxergava,
nem ao Vosso Esplendor,
nem à Vossa Glória.
De repente, nas profundezas
de minha escuridão, brilhou uma Luz!
Estupefata e atordoada por Seu brilho,
vacilei,
e o espírito de letargia acampado em minha alma,
dominado por Vosso Espírito,
parou de respirar em mim.
Eu Vos vi ali, de pé, calado...
e foi como se Vos conhecesse, Bem-Amado.
Então, abristes Vossos Lábios,
um Nome me foi dado,
e, instantaneamente, a memória de minha alma
foi restabelecida;
o véu de meus olhos caiu
e deparei com minha alma sucumbindo
nos Braços de meu Pai;
Ó Deus! Como me sois precioso!
Eu sou Santo;
Eu disse: Eu te purificarei, te darei um novo coração e porei um novo espírito em ti; removerei o espírito de letargia de tua alma e porei em ti Meu Espírito; no dia em que jurei fazer-te Minha, jurei curar-te e, como uma árvore, fazer-te produzir frutos para o Meu povo; jurei saciar os famintos e cada boca; sim! jurei vir a ti e voltar para ti, a fim de cultivar-te e semear, em teu nada, Minha Glória;
e agora, Eu, Deus, acampei em tua alma para sempre; por isso profetiza sem medo; vai aos ossos secos e Eu lhes darei carne, Eu lhes darei fôlego para Me louvar e Me glorificar; sim, soprarei sobre os mortos para que vivam e gritem: “Quem como Deus?” Eu lhes recordarei que não encontrarão maior amor que o de seu Criador;