Meu Jesus?
Eu sou;
trato-te muito delicadamente para que tu, como Minha flor, cresças; quero-te forte e, acredita-Me, Eu tornarei isso possível; serás forte, filha, uma vez que transmites Minha Palavra; diante de ti, Eu Sou, para quebrar todas as barreiras que aparecerem enquanto testemunhas; Eu sou o Altíssimo e digo-te, filha, que providenciarei para que nenhum poder de baixo te impeça de proclamar Minha Mensagem;
tirei-te da terra do Egito para Me responderes numa terra estrangeira e testemunhares a um povo que não é o teu; pois embora teu comportamento fosse espantoso e teus sentidos manchados, impossibilitando-te de ver a Luz, a Misericórdia1 e a Compaixão foram dominadas por tua assombrosa miséria, culpabilidade e pobreza e vieram em teu auxílio;
não Vassula, não mereceste nenhum de Meus Dons; porque, Eu tinha em Minha Mão servidores que Me honravam, que pronunciavam Meu Nome a não ser em santidade, que Me bendiziam sem cessar, que louvavam a Santíssima Trindade de todo coração; mas, no entanto, Meu Coração, um Abismo de Amor, gritou por ti; acumulaste em Meu Coração tristeza sobre tristeza, traição sobre traição; tu lutavas contra Mim, criaturinha insignificante... mas Eu sabia que teu coração não é um coração dividido e, uma vez que Eu conquistasse teu coração, ele se tornaria inteiramente Meu; objeto de tua era, tu lutavas contra Mim, mas Eu te atirei ao chão na luta e te arrastei na poeira e ao deserto, onde lá te deixei, completamente só;
Eu te havia concedido um anjo da guarda, desde o início de tua existência, para guardar-te, consolar-te e guiar-te, mas Minha Sabedoria ordenou a teu Anjo da Guarda que te deixasse enfrentar o deserto sozinha; Eu disse: "viverás apesar de tua nudez!”2 porque nenhum homem é capaz de sobreviver sozinho;3 Satanás se teria apoderado inteiramente de ti e teria te matado; Minha ordem foi dada a ele também; Eu o proibi de tocar-te; então, em teu terror, tu te lembraste de Mim e olhaste para cima, no Céu, buscando-Me desesperadamente; teus lamentos e tuas súplicas, de repente, quebraram o silêncio mortal que te rodeava e teus gritos apavorados rasgaram os céus, alcançando os Ouvidos da Santíssima Trindade...
"Minha filha!" a Voz do Pai, cheia de alegria, ressoou através de todo o Céu;
“ah! agora Eu a farei penetrar em Minhas Chagas4 e deixarei que coma Meu Corpo e beba Meu Sangue; Eu a desposarei e ela será Minha pela eternidade; Eu mostrarei o Amor que tenho por ela e seus lábios, daqui para a frente terão sede de Mim e seu coração será o apoio para Minha Cabeça; com avidez, ela se submeterá diariamente à Minha Retidão; Eu farei dela um altar de Meu Amor e de Minha Paixão; Eu, e somente Eu, serei seu único Amor e Paixão; e Eu a enviarei com Minha Mensagem até os confins do mundo, para conquistar um povo irreligioso, e a um povo que nem sequer é o seu; e, voluntariamente, ela carregará Minha Cruz de Paz e Amor tomando o caminho do Calvário;"
“e Eu, o Espírito Santo, descerei sobre ela para revelar-lhe a Verdade e as Nossas profundezas;5 Eu lembrarei ao mundo, através dela, que o maior de todos os dons é: o AMOR;"
"celebremos6 então! que todo o Céu celebre!”
Eu te tomei pela mão e te formei para te tornar um sinal vivo de Meu Grande Amor; uma testemunha de Meu Sagrado Coração e da renovação de Minha Igreja;
(O Pai, depois o Filho e, em seguida, o Espírito Santo falaram.)
Eu sou a Ressureição;
(Explicação desta Mensagem:
No início, quando fui repentinamente abordada pelo meu Anjo da Guarda, para abrir caminho ao Senhor, eu, como uma pecadora profissional, não tinha amor a Deus. Mesmo quando meu Anjo me contava coisas sobre o Céu, eu ficava satisfeita, simplesmente por estar junto dele. Eu não procurava nada mais. Quando Deus Se aproximou de mim, substituindo meu Anjo, fiquei de certa forma desapontada. Eu O senti como um estrangeiro, enquanto que, tendo já estado com meu Anjo, meus sentimentos de surpresa tinham-se transformado em sentimentos de amor. E, por isso, eu não conseguia compreender porque Deus queria tomar o lugar de meu Anjo. Fui tão longe, a ponto de acreditar que Deus tinha ciúmes do amor que eu tinha pelo meu Anjo da Guarda e senti-me triste por meu Anjo. Mais tarde, depois de minha primeira purificação, dada a mim por meu Anjo, Deus aproximou-se, de novo, uma segunda vez, para tomar lugar de meu Anjo.
Ele ficou comigo alguns dias, abrindo lentamente meu coração e com Sabedoria, de modo a não me assustar. Quando comecei a abrir-Lhe meu coração, Ele foi embora e escondeu-Se. Olhei à minha volta para procurar meu Anjo e também não o encontrei. Senti algumas almas7 se aproximarem, suplicando-me por orações e bênçãos. Rezei por elas e as abençoei e, então, pediram-me para abençoá-las com água benta. Corri rapidamente à igreja, a fim de pegar água benta e abençoei-as, aspergindo-as com água benta. Aproveitei a oportunidade para perguntar-lhes se tinham visto onde meu Anjo estava e Aquele a Quem meu coração já começara a amar, mas não obtive resposta.
Cada dia que passava parecia-me um ano. Eu buscava Paz e não encontrava nenhuma. Estava rodeada de muitas pessoas e muitos amigos, no entanto, nunca me senti mais só e abandonada como naqueles dias. Era como se atravessasse o inferno.
Muitas vezes, gritei ao meu Anjo que retornasse a mim, mas não, ele tinha voltado suas costas e ido embora! A minha alma enfraqueceu com sua fuga. "Abro ao meu amado mas o meu amado se foi... Procuro-o e não o encontro. Chamo-o e não me responde...” (Cântico dos Cânticos 5, 6.) Vaguei por três semanas no deserto, completamente só, até que não pude mais suportar. Então, de minha angústia, gritei a Yahweh buscando o Céu: "Pai! Ó Deus, tomai-me e fazei uso de mim como quiserdes, purificai-me a fim de que possais utilizar-me!" Com esse grito vindo das profundezas de meu coração, de repente o Céu se abriu, e como um Trovão a voz do Pai cheia de emoção gritou de volta para mim: "Eu, Deus, te amo!"
Instantaneamente, senti como se tivesse caído de um tornado em um mundo lindo e tranquilo. Meu Anjo reapareceu e, com grande ternura, começou a tratar de minhas feridas, daqueles ferimentos que eu recebera no deserto.
Isso aconteceu na Páscoa de 1986.)