Guardião de minha alma,
Vós aspergistes minha alma com mirra
e cobristes minha cabeça com perfumes
docemente aromatizados
pela Vossa Presença;
e agora eu estou Convosco;
Vossa proximidade é riqueza
para minha alma, para minha mente
e para meu coração;
a proximidade à Vossa real Munificência
faz-me mais forte e mais ansiosa,
ansiosa de alcançar
uma invencível santidade...
Eu te amo; mesmo em tal miséria posso obter Minha alegria, e Minha Palavra pode habitar em ti através de Minha transcendência; não falo somente a ti e a esta geração, mas registro tudo isto para a próxima geração, de modo que uma raça por nascer possa louvar-Me, vosso Deus; vê como Me inclino das alturas de Meu Santuário...
ah! Vassula, o Céu jamais Se inclinou tão próximo da Terra como Se inclina agora; algum tempo atrás, Eu podia ouvir da Terra um ou dois suspiros, mas agora dificilmente ouço qualquer coisa; eis por que estou movido a compadecer-Me de ti, geração;
o que ouço do cadáver num tom de presunção é: vede! posso viver num deserto como o pelicano; posso viver numa ruína como a coruja das torres; posso viver sem Deus pois posso fazer melhor que Deus...
então volto Meus Olhos para o outro lado e olho para os Meus Próprios familiares e vejo olhares altivos, corações orgulhosos, desconfiança, calúnia, cardeal contra cardeal, bispo contra bispo...
Senhor! estais a dizer-me
que Vossa Mão é muito curta para resgatar?
Não tendes, de repente, Força para salvar?
Sois conhecido por ser lento na ira,
mas nada lento em intervir e salvar!
Então por que esperais?
Por que não intervindes? Agora!
ousas desafiar Minha Sabedoria? estás provocando Minha Onipotência?
Ah! Senhor,
para harmonizar Vossos Familiares
posso dar minha vida por eles, e já a dei;
pois meu zelo por Vossa Casa me devora,
e quando se trata de levantar Vossa Casa
para que ela não caia,
eu já dei minha alma e corpo,
indiferente às consequências;
suei sangue,
e, algumas vezes, cuspi sangue
por causa do chicote que me surrava,
e Vós o sabeis.
Fui entregue pelos Vossos,
depois de me perseguirem como caça;
mas nenhuma queixa foi ouvida de mim.
Sem motivo
trataram-me como uma renegada,
mas resisti a todas as provações
que enfrentei,
pois Vossa Mão poderosa sustentou minha fragilidade.
Meus dias se arrastam em torvelinho,
como pó que volta ao pó,
e não vejo fim à Vossa Santa Agonia;
então, por quanto tempo ainda continuarei dizendo:
devo viver por muito tempo
entre pessoas que odeiam a paz?
Por quanto tempo vou olhar para o céu,
pranteando
por sua família
e pela Cidade Santa?
Devo permanecer passiva,
enquanto sois inutilmente recrucificado?
Vós me conheceis, meu Senhor,
Vós, que me transformastes como um sicômoro do Egito,
sabeis que eu iria,
até mesmo me arrastando,
a cada país que Me ordenais,
e semearia em toda parte Vossa Palavra
dada a mim,
eu iria até mesmo ao cume das montanhas
e ao fundo das ravinas.
Vós me conheceis, Senhor,
minha boca não quer discussões
com Vossa Sabedoria,
nem com Vossa Onipotência; jamais!
Mas as colunas do Céu tremem
assaltadas de temor
por tudo que veem em Vossa Casa.
Os anjos estremecem
diante do terrível flagelo
que nos espera
nos dias que estão por vir;
então, como poderia me recompor no caos?
Vassula, em um momento, Eu te direi algo, algo que não sabes, mas deixa-Me dizer-te isto já:
vou fazer algo1 em teus próprios dias, que não acreditarias se te contassem... então, eis o que deves saber: entre esses Familiares, sobre os quais tenho-te falado, conservei um pequeno resto para Mim, escolhido pela graça, sem relação com suas boas obras; eles são um eco sussurrado de Minha Voz; não devo ouvir esses gritos sussurrados?
(Olhei de lado para Jesus e disse:)
Por um momento endureci meu rosto contra Vós como pedra?
Eu te dei nascimento, abri os olhos de teu intelecto para Me compreenderes, Me veres e veres todas as coisas invisíveis; abri teu ouvido com gotas de mirra para escutares como um discípulo, e te proporcionei discurso; coloquei teus pés no caminho que queria que fosses, acompanhada de um príncipe da mais alta ordem dos Arcanjos; Eu te ofereci beber de Meu Cálice, então Minha Mão te trataria duramente? tu Me ofereceste tua vida em expiação pela rebelião e pela divisão de Minha Igreja; fui tocado pelo teu zelo e por tua preocupação com Meus Familiares; estou satisfeito pois não te ouvi dizer:
“deixai este lugar, pois Vossos Olhos são puros demais para ver o que vedes, abandonai-os ao seu destino e não toqueis nada de impuro desse lugar...”
fiquei simplesmente perdido de admiração pela tua coragem, mas fiz sair fogo de ti; abri tua boca...
bem-amada, uma vez Eu te disse que toda delicadeza da parte de Minhas criaturas para restaurar Minha Casa vacilante toca-Me profundamente; Minha Vassula, não te designei apenas como Meu arauto, mas também como Minha sentinela da Casa do Oeste;
quando ouves uma palavra de Minha Boca dada a ti, estás obrigada, por teus votos de fidelidade a Mim, a passar Minha palavra de advertência aos que te envio; se te recusares a transmitir-lhes Minha palavra, Eu te farei responsável por isso; porém, se lhes transmitires Minha palavra e não se arrependerem, eles morrerão por seus pecados, mas tu permanecerás ilesa, não serás considerada responsável nem morrerás;
Eu não apenas te designei como uma intercessora para a Casa do Oeste, mas para a Casa do Leste também; quando Me ouves ardendo de ira por sua rigidez, que os mantém separados e, portanto, em pecado, tu deves interceder por eles como fizeste; Minha Real Autoridade tratará delicadamente Meus Familiares; mas quanto aos orgulhosos que não se arrependem, Eu os arrancarei pela raiz e em seu lugar colocarei os humildes; sou conhecido por derrubar os orgulhosos; o orgulho não nasceu de Mim, mas do demônio...
por isso, sê rica na pobreza e irriga esta terra árida com Minhas profecias a ti; aquele que irriga será irrigado pelo Próprio rei; então o Próprio Rei te pagará tributo e te dirigirá em poesia e hino; Ele encherá tua boca com mel e tu falarás por Ele às nações;
serei benevolente contigo dando-te mais de Minha amizade; sê feliz, filha; teu Rei te favoreceu e te revestiu de brocados, perfumando-te em Sua Presença, enquanto mirra é suavemente exalada de Suas vestes; Ele te permitiu em Seu palácio e deu-te acesso a Seu aposento nupcial; digo-te, filha: em Meus Familiares Eu avançarei Meu passo contigo; Eu e tu, juntos, com todos os tipos de princípes dos mais altos escalões do Céu em nosso cortejo e entraremos em Meu Santuário, enquanto Minha Presença virá sobre eles como a aurora; portanto não te atrapalhes com a foice, mas segura-a firmemente e também com uma boa aderência e ceifa, Vassiliki, ceifa! ceifa onde os dedos de Meus Anjos te indicam para ceifar e tu ceifarás a recompensa da virtude;
dá a teu Rei tanto quanto Ele te deu...
Eu não sou mais que um sopro de vento,
como posso dar-Vos tanto quanto me destes?
Vós me destes Vida!
Eu não serei nunca, nunca, nunca jamais,
capaz de dar-Vos
nem a menor parte do que,
em Vossa benevolente condescendência,
me destes!
Eu sei... mas dá-Me tanto quanto teus meios podem permitir; esvazia-te de tudo que vem de Mim e que é bom e oferece-o a Mim;
(Compreendi que Nosso Senhor não me pedia para Lhe oferecer apenas meus serviços, mas que também estivesse disponível, indo ao encontro dos outros e saindo de meu caminho, para estar a serviço da humanidade e ajudá-los o máximo que pudesse. Para servir o próximo, praticar a virtude e não guardar nada para mim mesma.)
sim, dá! dá àqueles que esperam de ti e testemunha Minhas Boas Obras e estarei contigo; e como Meu Pai te disse algum tempo atrás, digo-te a mesma coisa; ravinas podem cair sobre ti, nuvens negras e torrões de terra podem cobrir-te, mas Eu te asseguro que estarei contigo e sairás ilesa; lembra-te de que não há fronteira entre ti e Mim; Eu estou sempre contigo, Minha bem-amada; ic;
1 A partir desta data, em que a Mensagem foi recebida, 8 de março de 2000, em menos de duas semanas, durante uma peregrinação e encontro da família de AVVD na Terra Santa, tivemos permissão do Patriarcado Greco-Ortodoxo de Jerusalém para celebrar duas Liturgias Ortodoxas, com dons pré-santificados, na Igreja do Santo Sepulcro e no Monte Tabor, e convidar a todos para receber a Santa Comunhão; éramos 450 pessoas de 12 denominações religiosas, e não houve restrição ou interdição para o recebimento da Santa Comunhão. Penso que talvez tenha sido a primeira vez na história, depois do Grande Cisma, que os Gregos Ortodoxos convidaram TODOS para receber o Santo Sangue e Corpo de Cristo. Sim, realmente, Jesus, eu não acreditaria se isso me fosse contado antes de ter acontecido. Glória a Deus!