Sou Pe. Geraldo Simeão de Souza Cordeiro, sacerdote da Igreja Católica Romana. Nasci e me criei nessa fé e muito cedo descobri minha vocação para o ministério sacerdotal. Como é de se esperar, até os meus 14 anos de idade, nunca tive problemas de fé. Depois de ingressar no seminário, terminado o estudo médio e entrado para os cursos de Filosofia e Teologia, passei a questionar profundamente Deus e seguindo uma filosofia profundamente racionalista, perdi a simplicidade do coração de criança, sem a qual não se pode entrar no Reino de Deus. Tornei-me vazio e profundamente racionalista. Talvez este seja um dos grandes problemas do clero: uma confiança demasiadamente grande na filosofia, mas não naquela filosofia “Serva da Teologia”, que foi o alicerce dos grandes pensadores católicos que prepararam o povo cristão para o confronto com as grandes heresias, mas na filosofia que, em sua arrogância, proclama a razão como “deus” e se curva diante deste seu ídolo.
Sinto que nesse período, apesar de procurar manter os hábitos da fé aprendida em casa, me tornei vazio, árido e num verdadeiro deserto espiritual. Todavia, estou certo de que Deus não abandona o seu povo, de como Ele ouviu o seu clamor e desceu para libertá-lo, também veio em socorro de minha miséria.
Certo dia, caminhando por uma grande livraria, deparei com o segundo volume da Obra intitulada A VERDADEIRA VIDA EM DEUS – ENCONTROS COM JESUS. Apesar de buscar uma obra sempre pelo seu autor e sua biografia, nesse dia fui diretamente a uma página, que abri aleatoriamente, e senti-me profundamente tocado, fiquei impactado, pois imediatamente notei que não se tratava de uma obra humana, ali não era uma mente humana comunicando seus conceitos a outra mente humana, mas aquelas palavras tinham tal poder para tocar a minha essência, como ninguém poderia fazer. Nem mesmo meu sábio diretor espiritual tinha o poder de capturar a essência de minha alma e, ali mesmo, sem nenhum amparo de qualquer rito, sem ninguém como testemunha, me rendi e curvei-me ante o verdadeiro Deus, pois havia experimentado a Sua Ternura e Docilidade, não por um esforço de minha razão que poderia me levar à dedução de sua existência, mas porque Ele mesmo tomou a iniciava e desceu até mim. Em casa eu li a Obra em tempo recorde e me senti amado, amparado e persuadido como nunca fora antes, era o Criador tratando com sua criatura, mas o impressionante era que esse Criador veio ao nível de Sua criatura e o diálogo, aparentemente, dirigido a uma mulher desconhecida por mim, se tornou o diálogo com a minha alma.
Depois disso, li a Obra completa de AVVD por mais de três vezes e esse tem sido o meu diálogo permanente com Deus, como o maná, que alimentou o povo de Deus no deserto, tenho me alimentado da sabedoria que alimenta os simples. Muitos colegas meus me criticaram, mas a cada crítica deles me sentia privilegiado e feliz, por reconhecer a voz do Pastor, pois a Bíblia diz: “As minhas ovelhas escutam a minha voz” (Jo 9,27). Queria deixar meu apelo a todos aqueles que se encontram, perdidos no grande deserto, criado pelo racionalismo, para que adentrem essa terra chamada A VERDADEIRA VIDA EM DEUS, mas, antes, tirem as sandálias de seus pés, pois esse lugar é Terra Santa.
Pe. Geraldo Simeão
Sacerdote
Itapagipe / MG